sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Então é natal ...



O natal é a maior festa da cristandade. Cristãos do mundo inteiro se reunem para festejar o nascimento de Jesus Cristo  o salvador do mundo. È  tempo de alegria, reconciliação, e demonstração de gestos de solidariedade. É tempo de encantamento, magia e realizações de sonhos. É tempo em que a estrela que guiou os reis magos até o menino Jesus, também nos guia para olharmos para dentro de cada um de nós e enxergar o que há de melhor. Enxergar que Jesus está presente dentro de nós e no coração de cada ser humano.


O natal é uma das épocas que mais encanta. São luzes que acendem e se apagam num movimento frenético, apresentando-nos um mundo maravilhoso onde se possa sonhar. As árvores  e casas das cidades estão repletas de todas elas. Os simbolos natalinos estão por todos os lugares. Pinheiros, esculturas de papai noel, guirlandas que enfeitam as portas das casas, os presépios montados no interior ou exterrior das igrejas e nas casas dos povos cristãos, no intuito de relembrar o dia do nascimento de Cristo. As estrelas, bonecos de neves, meias sobre as janelas, iennas, trenós... uma infinidade simbólica que traduz os sentimentos e saudações natalinas. Mas afinal, qual a origem e significados desses artefatos? Por que eles tem o poder de traduzir tanta magia, tanto encantamento? Então vamos conhecer um pouquinho da existência e significados dos principais objetos natalinos e o por que da comemoração do Natal.


Os simbolos e comemorações natalinas estão agregados as festas pagãs da antiguidade, mas precisamente as festas greco-romanas.  No ano de (227 – 275 d.C) no dia 25 de dezembro um imperador romano de nome Aureliano estabeleceu este dia como o dia do nascimento do Sol Invencivel ou simplesmente “Natalis Solis Invcti”, uma das suas principais divindades que era representada pelo sol. Potestade que pelos povos romanos era conhecido por Mitra  e na Grácia por Apolo  deus da luz que representava o sol. Em outras civilizações a data festejava outros seres divinos como Baal, Rã, Utudos, Surya entre outros. No calendário cristão a data foi oficializada como o nascimento de Jesus Cristo por Costantino (317-337 d.C), também  imperador de Roma. Consagrado ao cristianismo Costantino  impôs a doutrina cristã como religião oficial de Roma.


A ilustre figura do bom velhinho que todas as crianças conhecem por Papai Noel, relembra um generoso senhor de vida e família abastarda, que gostava de ajudar as pessoas com maiores necessidades e anonimamente o magnânimo senhor, deixava de presente  nas portas de algumas casas saquinhos de moedas de ouro.  Seu nome verdadeiro é Nicolau e a igreja católica o canonizou como são Nicolau por haver sido concedidos alguns milagres em menção do bom velhinho. E  a explicação do seu sucesso com o público infantil é que Nicolau tinha um apreço especial por crianças e as presenteva.
A árvore de Natal ou o pinheiro ou ainda carvalho, representa a vida e passou a ser simbolo de natal quando ainda no século XV um monge de nome Martinho Lutero, andando pela cidade numa noite de inverno e de céu estrelado vendo a belíssima paisagem exposta, e em meio a tanta neve percebeu a resiliência daquele vegetal que permancia verde mesmo exposta a uma temperatura tão baixa e as estrelas ainda a deixava mais bela. O então religioso cortou-lhe um dos pinheiros levando-o para casa o enfeitou com capuchos de algodão e colocou sobre ela uma estrela para celebrar a vida.


As guirlandas postas sobre as portas das casas na verdade é de origem pagã e foram introduzidas pelos drúidas antigos sacerdotes que acreditavam na influência dos maus espíritos sobre a vida das pessoas. Para se proteger dessa maldição os sacerdotes druidas faziam guirlandas com ervas que ajudavam a afastar os maus espíritos. Com as guirlandas postas sobre as portas, aquela casa estaria protegida de qualquer entidade espiritual perversa.


O tão famoso presépio de Natal é para recordar o nascimento de Jesus em meio a uma mangedoura cercado de animais na presença de Maria sua mãe e José seu pai. Ainda compõem o cenário os pastores e três reis magos. A tradição da montagem do cenário do nascimento de Cristo surgiu no meio cristão através de São Francisco de Assis para rememorar que omaior dos reis de todos oreinos – Jesus – havia nascido em meio a pobreza e simplicidade.
Os presentes que são postos em baixo da árvore representam os presentes que o menino Jesus recebeu dos três reis magos que eram incenso, ouro e mirra. E a estrela posta sobre a árvore é a grande guia, que representa o nascimento do salvador a luz do mundo.


 As comemorações de natal são repletas de significados  e deveras rico em simbologias, pois expressa a gênese de todo o bem, representado na imagem humano divina do Menino Jesus na simplória Manjedoura de Belem.
A todos do blog um Natal de Paz, esperança e magia.
Ana Cássia!!!



quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Autor mostra em 'Lunáticos por Deus' a insanidade das religiões

Fonte:  http://www.paulopes.com.br/



O filosofo americano Michael Largo (na foto abaixo), 61, testemunhou sacrifício de animais, ouviu tambores vodus no Haiti, ingeriu cogumelos tóxicos, frequentou comunidades de nudistas que acreditam que só quem vive como Adão e Eva antes da expulsão do Éder obterá a salvação divina e por aí vai. 

Após tal vivência ao longo de mais 20 anos pesquisando religiões, ele concluiu que as religiões semeiam a insanidade “[porque] os mais loucos conceitos se tornam dogmas, demandando fé para aceitá-los”.

No livro “Lunáticos por Deus” (Lafonte, 416 págs), lançado recentemente no Brasil, Largo, que foi educado por jesuítas, apresenta um inventário de suas viagens a vários países para estudar as religiões e faz algumas confirmações, como a de que o sistema de crenças é gerador e catalisador de fanatismo e bizarrice.

Segue a entrevista que o caçador de religiões concedeu a  Érica Kokay, da revista Galileu.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

HISTÓRIA DE UMBURANAS - CE

Foto retirada do orkut de seu Leleco

Umburanas é um pequeno e aconchegado distrito que faz parte de Mauriti. De céu azul incomparável e nuvens brancas tal capucho de algodão que o torna inigualável de qualquer outro céu, o sol ardente e vivo que clareia o dia e cinge de vida o sossegado lugar. De um povo hospitaleiro sem igual, onde todos se conhecem e se respeitam. Umburanas terra de Santana, de um povo que expressa a religiosidade em tudo que vive. Umburanas terra de devoção a Vó de Cristo e a São Francisco de Assis o qual ganhou uma capela em sua homenagem e que nos meses de Outrubro se reza a novena ao Santo que renovou a vida de tantos Franciscos e Franciscas. Umburanas, terrinha abençoada por Deus que de braços abertos recebe todos os filhos seus. Um pouco da história de um "lugarzinho no meio do nada", mas que aprendi a gostar e retornar quando sinto saudades.

Obs 1: O texto a seguir é de autoria de meu irmão Ismael Félix, que tem verdadeira paixão por este lugar. 
Obs 2: Foram feitas apenas pequenas modificações do texto de origem.

Umburanas- Fundada por Gregório Alves Maranhão, conhecido por Gregório do Espírito Santo,  por volta de 1800.
Gregório casou-se com Isabel Furtado Leite do Coité e veio afixar sua descendência em Umburanas, terreno que pertencia por herança ao Senhor Francisco Dias da Costa.
Em Umburanas, Gregório construiu a primeira casa e o primeiro engenho começando assim o povoamento da região, que passados os anos e por sucessões hereditárias torna-se de herança da família Furtado Leite.


 03/04/1855 - Sr. Luís José Furtado e sua esposa a Sra. Francisca Maria do Espírito Santo, doam o Patrimônio onde fora construída a primeira capela à Senhora Sant’Ana, padroeira da comunidade.
O templo era pequeno e a devoção muito grande por parte do povo do lugar e da família que residia em Bonito de Santa Fé, Coité, e demais comunidades núcleos dos Furtado Leite, e da chamada família Martins de Morais

1896- O Sr. Major  Joaquim Antônio Furtado, bisneto de Gregório, e filho de Luís J. Furtado, constrói em Umburanas a atual Igreja em honra a Senhora Sant’Ana, continuando a devoção e tradição de seus pais. Ele, o major, era casado com Maria Luzia Furtado, filha do Capitão Manoel José, da Vila de Espírito Santo, Hoje um distrito de Mauriti, sediado na aprazível Vila de Anauá.
Desde a morte do referido Major em 1903, seus bens, inclusive a Igreja, passou aos cuidados da família (FURTADO LEITE), ao longo de cem anos, as responsabilidades da Igreja foi passando de pai para filho, logo da morte do Major, o Sr Francisco Lulu cuidou por muito tempo, passando para seu filho Joaquim Lulu e após a morte do mesmo a sua filha D. Dolores recebeu e acolheu esta responsabilidade por mais de trinta anos, quando em 2003, a mesma D. Mª Dolores Leite Arraes, entregou ao Vigário de Mauriti, na época o Pe. Paulo Lemos Pereira, a chave, os pertences e algumas jóias em ouro que a Igreja possuia. Atualmente o administrador geral é o Pe. Antônio Luís da paríoquia de Mauriti, e o coordenador, o Sr. José Amâncio

Festa de Sra. Sant’Ana- A festa da Padroeira de Umburanas (Sra Sant’Ana), era celebrada desde 1896 a 1938, nove dias antes do ultimo domingo de julho, mas por decisão da comunidade inspirada na idéia do antigo vigário da paróquia de Milagres-CE, o Padre Joaquim Alves de Oliveira, a festa passou a ser oficialmente celebrada de 16 à 26 de Julho, encerrando às 10h da manhã, com a Missa Solene em honra a Senhora Sant’Ana e S. Joaquim ( avós de Jesus). Após a missa a tradicional procissão percorre as principais ruas da comunidade com as Imagens dos Padroeiros, esta referida procissão é acompanhada por milhares de fiéis devotos da Santa.
   Na parte social a festa é muito animada, grandes nomes do Forró e da musica acústica do Brasil tocaram e tocam nos dias do festejo entre eles cita-se Limão Com Mel, Aviões do Forró, e etc, dando conhecimento nacional ao lugar e aos seus clubes Beira Rio, Éden clube e ainda o  Areal Drink’s. Nas apresentações culturais em frente a praça da igreja, apresentações de cantores da terra, cantadores, poetas, comidas típicas, o tradicional parquinho para as crianças e as barracas de camelôs, vendendo diversidades de mercadorias que servem de lembranças para guardar e rememorar a tão saudosa festa de umburanas.
                         

                                                                                       




            

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CULTURA SEMIÓTICA - SEGUNDO GEERTZ


Muitos teóricos da antropologia procuraram encontrar um conceito esclarecido sobre cultura. A respeito do conhecimento de Geertz a cultura é percebida como um texto na medida em que ele defende o conceito de cultura como semiótico, não como uma ciência empírica, que buscam seus resultados nos experimentos, como conceberam outros pesquisadores da mesma área. Mas Geertz dar um novo significado para o termo, sendo esta uma ciência sim, mas com suas bases fincadas na interpretação, na procura dos significados como expressa o mesmo.
            Segundo Geertz o ser humano encontraria sentido nos acontecimentos através dos quais ele vive por intermédio de padrões culturais, estes, encontrariam ordenados num amontoados de símbolos significativos . O homem para este etnólogo é um animal amarrado a teias de significados tecidos por ele mesmo, e a cultura seria as teias. Os indivíduos sentem, percebem, raciocinam, julgam e agem sob a direção destes símbolos. A experiência humana neste caso se configura em sensações significativas, interpretadas e aprendidas.
            O conceito semiótico de cultura é essencial na construção do interpretativismo, e não do mentalismo. Cabe ao antropólogo buscar a interpretação e compreender os padrões culturais organizados através dos símbolos sociais que se manifestam nos comportamentos individuais como uma questão fundamental para a antropologia e a descrição densa, visa a compreensão destes símbolos sociais.
            Através de um trabalho de campo quase obsessivo de peneiramento do material etnográfico o antropólogo pode analisar as dimensões simbólicas da ação social na arte, na religião, na ideologia, na ciência, na moralidade, na lei, nos costumes, etc. Assim, ele constrói suas interpretações e estas podem ser elaboradas de distintas maneiras.
            Segundo Geertz a análise não deve ser elaborada como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa em busca de significados. Para se compreender esta análise antropológica deve-se compreender uma das funções do  antropólogo, neste caso, a etnografia. Para Geertz praticar a etnografia é estabelecer relações, selecionar informantes, transcrever textos, levantar genealogias, mapear campos, manter um diário, dentre outras atividades. Estas atividades requerem um esforço intelectual específico que consiste na descrição densa, esta, refere-se exatamente ao papel da etnografia que busca a interpretação do fato descrito, procurando suas motivações e seus objetivos - seus significados. Não é apenas uma descrição minuciosa, mas uma leitura, uma interpretação.
            Quando Geertz concebe a cultura como teias tecidas pelo homem imbuídas de significados com uma dimensão conceitual simbólica fora do comum, interpreta-se a cultura como estruturas conceituais, entrelaçadas, em termos das quais as ações humanas ganham sentido, e elas podem - cada estrutura- informar de modo diferente as práticas humanas, o que equivale a dizer, que elas podem dotar-se de significados diferentes  sendo estes, fruto de uma mesma conduta dentro de um mesmo ambiente circunscrito.
            Valendo-se de recursos metafóricos mais acessíveis, a cultura geertziana pode ser tomada como uma espécie de texto expressivo. Assim, os rituais, os mitos, os jogos e as práticas sociais podem ser vistos como formas de expressão, textos, que sempre têm algo a ser dito sobre algum aspecto do ambiente social no qual se inserem.
            Neste caso a proposta de Geertz em relação à descrição densa é que os etnólogos e antropólogos ao se depararem com os mais diversificados tipos simbólicos apresentados pela cultura, possam buscar interpretações dos fatos, não de forma minuciosa, mas que descrevam-nas da forma como são concebidas.