POIRIER e MALINOWSKI definem mitos como, desenhos, figuras retratadas em cavernas, algumas esculturas, mas que retratam uma realidade social. Houve formas de vida diferentes que tentaram repassar os seus costumes através de gestos esculpidos ou desenhados em paredes. Fazem parte de uma comunidade primitiva que na realidade existiu ou acredita-se que existiu, mas que nela está infundida uma história que perdura no tempo.
ELIADE define o mito como uma história que revelam os feitos dos deuses, ou as seus próprios desejos, mas que este passa a ter vivacidade a partir do momento que é proclamado, dito, contado – neste caso é revelado como uma verdade absoluta. Outros concebem apenas como uma narrativa, um relato que é passado de geração em geração, porém histórico uma vez que se refere as questões de crenças, criação, morte e etc.
É interessante quando Ullman cita a definição de MAUUS que vai estabelecer o mito como sendo parte da vida social. Este autor também assim como outros citados por Ullman ver no rito, ou ritual como sendo a força motriz que dar vivacidade ao mito. Mauus também deixa claro a diferença entre mitos e lendas, mitos e fábulas embora sejam constituídos de elementos análogos, porém é através desta definição que o autor do texto parte para as possíveis diferenças existentes entre elementos tão semelhantes ao mito. É o caso das formas de narrativas como: fábula, lendas, alegorias e folclore.
MAUSS revela que há crenças no relato lendário, porém a lenda é um relato que é narrado numa época comum a vida do homem, enquanto que o mito é uma narrativa que se põe fora da realidade humana. É algo que o homem não pode explicar, por que não dar conta. Está para além da sua realidade, “se coloca numa época mítica, diferente das dos homens”. Já a fábula é uma estória fictícia, imaginada, onde elementos animados e inanimados podem falar, pensar, se movimentar. Juntamente com o conto são estórias que ninguém é obrigado a crer. Segundo Mauus se crer mais nas narrativas míticas do que nestas simples estórias imaginadas.
ULLMAN define o mito como sendo uma narração ante-histórica por tratar de narrativas fora do “tempo real”. Está para além do tempo real, transcende os limites temporais. A fábula também ocorre em um mundo que não é real, um mundo imaginado, mas esta outra realidade é algo criada, articulado pela mente humana, uma história que contém elementos fictícios. Já a lenda extraí-se da vivência diária, sendo assim faz parte de um tempo real e também histórico. O que diferencia do mito é que no mito são predominam elementos de essência divina, sobrenatural, que estão além da nossa realidade. A alegoria geralmente se apresenta como uma história com sentido simbólico e literário e o folclore por se configurar por um conjunto de elementos que fazem parte as tradições, as crenças, as danças e canções populares entre outros, que são representadas de acordo com a história dos mais variados povos e civilizações do mundo. Apresenta também um teor histórico.
ULLMAN divide os mitos em dois grandes campos. 1) Sentido amplo e genérico; 2) divisão específica dos mitos. O primeiro se subdividem em dois termos: a) Mitos etológicos, que são os tipos de narrativas que retratam o conhecimento grego – a etimologia onde as narrativas dar conta dos princípios éticos, morais, de virtudes, honrarias e etc. Contam a experiências vividas pelos primeiros homens gregos e pelos deuses. b) Mitos cosmogômicos, está ligado as grandes perguntas que o ser humano não consegue responder. Questionamentos que está realcionada a sua origem, a criaçãodo mundo, a existência de um ser criador, divino, sobrenatuaral.aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaazzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz
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