segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O MOVIMENTO ADVENTISTA

Não se pode falar do movimento adventista, sem que possamos lembrar de uma figura importante que se destacou como um verdadeiro líder religioso, incumbido de prontificar as almas para a segunda vinda de Jesus Cristo, que seria o advento. Assim, guiados por Guilherme Miller todos se preparam para a chegada de Jesus, que estava por vir naquele dia 22 de Outubro de 1844, o qual ficou conhecido como “o grande desapontamento”.
A origem do movimento adventista apresenta-se na primeira metade do século XIX, nos Estados Unidos, vinculada ao millerismo que empolga várias igrejas protestantes. Miller, ainda que não pretendesse fundar dissidência, foi compondo por comparações entre textos bíblicos, uma interpretação, a partir do livro de Daniel, que estabelece, através de um cálculo profético, uma cronologia que conjuga a história profana com a sagrada, visando a interpretar a profecia “das 2300 tardes e manhãs”, o que levou a sucessivas marcações de datas para a volta do Messias, surgindo assim uma corrente numerosa de adventistas.


“A base do adventismo era Daniel 8:14: “ Até duas mil e quarenta tardes e manhãs e o Santuário será purificado. Como um dia profético equivale a um dia literal (Números 14:34; Ezequiel 4: 5,6 e o período começa no ano do decreto da reconstrução de Jerusalém (Daniel 9:25/457 a.C) que se estenderia a 1844, quando o santuário, que se acreditava ser a Terra, seria purificado pelo fogo da segunda vinda de Cristo”.(DINIZ, 2008. p.14)


Miller, entendendo a "purificação" como volta do Messias e, muitos outros pregadores igualmente, marcaram data para o evento. Após muitas retificações, as comunidades adventistas aguardaram o Messias para 22 de outubro de 1844. A não ocorrência da profecia ficou sendo chamada de "o grande desapontamento" pelos adventistas. Embora muitos abandonassem a doutrina do advento, permaneceu um pequeno número de adeptos do adventismo que efetuou sob a confirmação de Ellen Harmon White, que passara a "receber visões" - por ela mesma considerada testemunhos -, uma retomada do universo simbólico, ainda disperso, mas que viria a se tornar nas "verdades fundamentais" da futura Igreja Adventista do Sétimo Dia, entre as quais constam as doutrinas do santuário, da guarda do sábado, da mortalidade da alma e a reforma de saúde, como as principais.


“Milhares que participaram da amarga experiência de 1844, desalentados, voltaram às suas igrejas de origem ou continuaram a marcar outras datas para a vinda de Cristo. Outros, que haviam entrado para o movimento apenas por algum interesse particular, abandonaram a causa por completo. Porém, outro grupo resolveu voltar à Bíblia em busca de respostas”.[1]


O millerismo empolgou os estados da Nova Inglaterra, atingindo Nova York, Filadélfia, Ohio, Michigam e chegando igualmente até o Canadá. Os futuros pioneiros da igreja, em grande parte, assistem a sermões de Miller, mais tarde iriam efetuar correções em suas interpretações e ampliar o alcance da ênfase profética, representando paulatinamente, uma cronologia mais rica, para a qual convergem inúmeras profecias e que visam a priorizar o profano e o sagrado em movimentos que sucedem com atributos específicos através dos quais chega-se ao “tempo do fim”, tempo que corresponde a várias interpretações da divindade na história humana e comissionamento que pela ação, a tornam caminho da salvação.
Os poucos adeptos que restaram do adventismo, vendo que a sua luta não era em vão, e que haviam cometido um erro ao interpretar as profecias não desistiram, voltando novamente para a Palavra de Deus – a Bíblia, no intuito de entenderem por que o Messias não apareceu naquele dia 22 de outubro de 1844. Relutantes, e convictos de suas idéias adventistas, foram expulsos de suas igrejas de origem e daí em diante, fundaram um movimento forte, que viria posteriormente marcar a trajetória da Igreja Adventista do Sétimo Dia para sempre.
Os fundadores do adventismo, não tinham uma estrutura religiosa sólida baseada em princípios e regras, mas para que a missão de preparar as pessoas para a vinda do Messias fosse profícua era necessário fincar base nas Escrituras Sagradas. O alicerce da fé adventista está toda sobreposta nos escritos bíblicos e também como auxílio para preparar o cristão para a vinda do Cristo de forma que todos pudessem estar puros de alma e coração, os adventistas iniciam trabalhos através de serviços sociais como: palestras contra drogas – fumo e álcool, a educação, a distribuição de panfletagem que auxiliava nos contágios e tratamentos de algumas doenças e etc, além de propagar a palavra de Deus. Trabalhavam também com os serviços de colportagem vendendo livros e revistas que tratava de assuntos sobre doenças, drogas, a bíblia e sobre os fins dos tempos.
Desta forma, baseadas nas escrituras sagradas, em 1863 o movimento adventistas se organiza em Assembléia Geral baseada nos princípios bíblicos principalmente, criam a Igreja Adventista do Sétimo Dia que cumprindo com os escritos sagrados guarda o sábado como dia do Senhor. Pois está escrito no livro dos Gêneses que Deus criou o mundo com tudo o que há e no sétimo dia ele descansou.


“Posteriormente, em 1863, os adventistas (agora Adventistas do Sétimo Dia) adotaram a Reforma Pró-Saúde, abstendo-se do fumo, álcool, carnes imundas (como a do porco – ver Levítico 11) e de tudo que prejudica o “templo do Espírito Santo” – o corpo humano. O passo seguinte foi obedecer às palavras de Jesus em Marcos 16:15: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.” Conscientes disso, os adventistas passaram a proclamar pessoalmente, em conferências públicas ou através de publicações, suas convicções religiosas: Jesus como único Salvador pessoal; a volta de Cristo como única solução para um mundo em degeneração; a imortalidade condicional do ser humano; a aceitação da Bíblia como única regra de fé e prática;[...]”[2]


[1] Encontrado no site: http://adventismo.blogstop.com/2006/01/capitulo-2-o-avanço-da-mensagem.htm. A Chegada do Adventismo no Brasil, BORGES, Michelson. Tatuí – São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2000
[2] Encontrado no site: http://adventismo.blogstop.com/2006/01/capitulo-2-o-avanço-da-mensagem.htm. Chegada do Adventismo no Brasil, BORGES, Michelson. Tatuí – São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 2000.

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