quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O PROTESTANISMO NO BRASIL

igrejaluteranadeipatinga.blogspot.com/2009/10


Acredita-se que o protestantismo tenha chegado em território brasileiro através dos imigrantes alemãos que vieram para o Brasil habitar a região do Rio Grande do Sul. Era fim do século XIX e a República já havia sido proclamada. Anterior a este fato, a religião oficial válida em todo o território, era a católica, pois os colonizadores vindos da Europa introduziram o catolicismo na nova colônia portuguesa e não admitiam nenhum outro tipo de religião ou cultura, abominando as crenças dos nativos e dos africanos que vieram como escravo para trabalharem na colônia portuguesa. Também não admitiam qualquer outro tipo de fé. Com isto iniciaram incessantemente o período de catequização dessas duas raças. Porém é importante salientar, que apesar dos esforços, não teve como manter um catolicismo “puro”, baseado nos princípios romanos, pois não foi possível evitar a mistura de crenças dos três povos: portugueses, africanos e indígenas.


“O catolicismo só deixou de ser a religião oficial do Estado brasileiro no final do século XIX, quando a monarquia foi substituída pelo regime republicano, o qual abriu mão sem mais da religião oficial. A república velha desferiu um golpe mortal no regime do padroado, ao separar juridicamente a igreja católica do Estado nacional. Este foi, desde então, declarado laico. Isto é, religiosamente neutro, religiosamente isento, religiosamente abstrato”. (GAARDER, NOTAKER e ELLERN, 2004. p. 282)


Com a separação das duas instituições supracitadas, se torna então possível a liberdade religiosa. Desta forma possibilitou a introdução do protestanismo no Brasil, assim como outras crenças religiosas. Porém na mentalidade das pessoas, gravados nos recônditos de suas memórias, todo aquele que não professava a fé católica era tido como filho do demônio ou mandado pelo mesmo para desencaminhar as boas almas. Neste caso torna-se difícil, quase que impossível plantar a fé protestante em um país onde a totalidade da população, ainda que camufladamente – como os africanos – comungavam da mesma religião – a católica.
As primeiras iniciativas em trazer o protestanismo para o Brasil, veio por meio dos imigrantes alemãos que eram membros da Igreja Luterana que foi a pioneira – primeira igreja protestante a ser fundada no Brasil com o nome Igreja Evangélica Luterana do Brasil. Depois destas várias outras denominações foram surgindo ao longo do tempo, muitas com ramificações da Igreja Luterana, e outras como a igreja anglicana e as epsicopais.


Segundo Gaarder et al o protestanismo no Brasil se divide em dois aspectos: O Protestanismo de imigração e o protestanismo de conversão. Este último tem a intensão de converter as pessoas e adquirirem mais adeptos através da pregação da palavra de Deus em meios a tantas vicissitudes, mas crentes de que as pessoas estão sendo transformadas e almas estão sendo salvas em favor do evangelho e da fé em um único senhor- Jesus Cristo. Conforme Gaarder todas essas denominações saiam em missão pelo mundo para difundir a palavra de Deus culminando assim as variadas denominações.


No século XVII, surgiram numerosos movimentos que se cristalizaram em novas comunidades eclesiais com muitas características comuns. Os batistas, os adventistas e os pentecostais, rejeitam o batismo de crianças em favor do batismo de adultos, que inclui a imersão total na água. Os petencostais se subdividiram em várias congregações como por exemplo: a Congregação Cristã do Brasil, Assembléia de Deus, Deus é amor e etc.
Cada uma destas congregações tem seus princípios e preceitos tendo além do batismo imerso nas águas, as escrituras sagradas como “sacramento” a ser seguido tornando-se base principal de sua fé, a crença em um único senhor e salvador e a Escrituras Sagradas como a Verdade a ser propagada. Porém, um único denominador comum une protestanismo e catolicismo – o cristianismo – todas em meio a tantas denominações e congregações buscam uma única verdade: Cristo.
É importante destacar que, além do protestanismo a segregação do Estado e da Igreja promoveu a inclusão de outras religiões.


“Nunca houve tanta liberdade religiosa no Brasil como agora. Nunca antes as religiões foram tão livres para se estabelecer, competir entre si e se propagar como agora; o Brasil começa hoje a ver os efeitos dinamizadores que a liberdade religiosa tem trazido para o campo das religiosidades quando elas se põem em livre concorrência.” (GAARDER et al, 2004. p. 283)

Nenhum comentário:

Postar um comentário